sábado, 4 de fevereiro de 2012

O frevo é cultura Pernambucana


Frevo: Cultura Pernambucana



frevo é um ritmo musical e uma dança brasileira com origens no estado de Pernambuco, misturando marchamaxixe e elementos da capoeira.
No próximo dia 9 de Fevereiro, é comemorado o dia mundial do frevo, que surgiu na cidade do Recife, no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.

Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposição e do nacionalismo exacerbado no período das revoluções Pernambucanas que foi dada a representação da vontade de independência e da luta na dança do frevo.

A dança do frevo pode ser de duas formas: quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.









A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 9 de fevereiro de1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 9 de fevereiro de 2007, a Prefeitura do Recife comemorou os cem anos do Frevo durante o carnaval.









Na década de 1930, surge a divisão do frevo em três tipos
  • Frevo-de-rua
  • Frevo-canção
  • Frevo-de-bloco














Frevo: disciplina que se aprende na escola.

A Escola de Frevo foi implantada em 06 de março de 1996, com o objetivo de contribuir para a preservação da cultura pernambucana. Foi pensada inicialmente para oferecer 400 vagas direcionadas para alunos da Rede Municipal de Ensino, oficinas de sombrinha e máscaras de carnaval. 

Em 1999, passa a se chamar Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges, mais continua com o mesmo objetivo. Em 20 de fevereiro de 2003 é reinaugurada depois de passar por uma reforma e hoje é responsável pela divulgação e o fortalecimento de uma das nossas maiores expressões culturais: a dança do frevo. Interagindo com a sociedade por meio de uma linguagem artística, a Escola contribui com a difusão da nossa cultura, promove a inclusão social e a geração de renda. As aulas são gratuitas e diárias, funcionando durante os três turnos e atendendo a cerca de 300 alunos, dos quais, trinta, formam a Cia de Dança da Escola. 

A Escola de Frevo Maestro Fernando Borges hoje é orientados pelo compromisso de ser cada vez mais democrática, ética e transparente, tentando colocar todas as nossas energias para fazer da Escola um espaço fisicamente organizado e socialmente justo. 

Objetivos:
  • Valorizar, Fortalecer e Divulgar a Dança do frevo;
  • Formar dançarinos e instrutores de frevo;
  • Promover formação e qualificação do indivíduo e do grupo social
  • Contribuir para a inclusão social e geração de renda através de uma linguagem cultural














Um dos grandes incentivadores da cultura  do frevo pernambucano vem se destacando, no apoio e incentivo às comunidades carentes é o músico Francisco Amâncio da Silva. O maestro Forró. Que embeleza muito mais, nossa cidade e o nosso frevo quando toca ao som da orquestra da Bomba do Hemetério, para os nossos passistas frevarem e encantarem o mundo com um pouco da cultura pernambucana com um sorriso no rosto e muito molejo nos pés. Este é o nosso frevo, orgulho de nossa cidade.

Desde que foi criada pelo Maestro Forró em 2002, a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH) ultrapassa as características sonoras de um grupo musical. Em cena, o regente que desburocratiza, desmitifica e desconstrói a figura sisuda de grande parte dos maestros, ganha cada vez mais espaço e reconhecimento na nova cena da música brasileira. No palco, Francisco Amâncio da Silva vive o personagem Maestro Forró. Transforma-se em batuta de corpo inteiro. Estímulo e experiência teatral que comandam os músicos da partitura aos pés. 
A OPBH faz arte apurada para os olhos e ouvidos. É resultado do trabalho de educação musical realizado pelo maestro com moradores/ músicos do bairro, localizado na Zona Norte do Recife. 
Pelas mãos deste maestro, que veste roupas irreverentes e preza pela comunicação direta com o público, a comunidade aprendeu a respirar auto-estima e valorizar as raízes e talentos de suas tradições. Coco-de-roda, maracatu, caboclinho, reisado, xaxado, xote, frevo e samba abrem um canal direto com outras manifestações e ritmos do mundo para se transformar em um som único, uma música “bombense”, como o próprio Forró define.

Que o mundo inteiro aprenda a dançar através deste vídeo, um ritmo tão contagiante e acolhedor que é o nosso frevo, e faz parte da cultura pernambucana e recifense.


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