sábado, 10 de março de 2012

Aniversário de Recife e Olinda


Aniversário de Recife e Olinda


No próximo dia 12 de março, a cidade do Recife está completando 475 anos, e Olinda sua cidade irmã completa 477 anos de suas fundações.



Olinda



Localizada no estado de Pernambuco, é uma das mais antigas cidades brasileiras, tendo sido fundada (ainda como um povoado) em 1535 por Duarte Coelho. O donatário fez tudo pelo desenvolvimento da terra. Fundou o primeiro engenho de açúcar, desenvolveu a agricultura, estabeleceu um livro de Tombo e em 1537 foi elevada a vila no dia 12 de março. Duarte Coelho ordenou a construção de um edifício destinado ao funcionamento da Câmara do Senado de Olinda, prédio este doado, em 1676, ao primeiro bispo de Olinda, Dom Estevam Brioso de Oliveira, que o converteu em um palácio episcopal, tudo que ainda hoje conserva. Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um perfil de difícil defesa. Diante disso, a sede foi transferida para o Recife.

Em 1630, Olinda foi tomada pelos holandeses que a incendiaram no ano seguinte; em 1654, os portugueses retomaram o poder e expulsaram os holandeses. Olinda voltou a ser capital de Pernambuco, muito embora os governadores residissem no Recife. Por volta de 1800, com a fundação do Seminário Diocesano e, em 1828, do Curso Jurídico, transformou-se num burgo de estudantes. Deixou de ser a Capital da Província em 1837, perdendo o título de capital para o Recife.



Demografia de Olinda



Olinda tem uma população de cerca de 377 000 no total (360 554 na zona urbana), e uma área de 37,9 km², fazendo parte da Região Metropolitana do Recife, e localiza-se a uma distância de 6 km do Recife, capital do estado. Faz limite ao norte com Paulista, ao sul e oeste com o Recife, a leste com o Oceano Atlântico.




Cultura Olindense

Além de sua beleza natural, Olinda é também um dos mais importantes centros culturais do Brasil. Foi declarada, em 1982, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Olinda revive o esplendor de seu passado todos os anos durante o Carnaval de Olinda, ao som do frevo, do maracatu e outros ritmos originais de Pernambuco. Há bonecos gigantes, nos quais cabe um homem apenas em suas pernas para ampará-lo; e blocos carnavalescos (com temáticas variadas, de grupos variados, geralmente acompanhados de orquestras de frevo, e/ou grupos de maracatus). É costume dos jovens molhar os transeuntes com pistolas d'água. Vários grupos também se fantasiam, seja qual for o personagem, em geral com a intenção de chamar a atenção para si, fazer uma crítica social, animar com brincadeiras e atrair parceiros.
Durante todo o ano, em especial no sítio histórico de Olinda, há eventos culturais, como feirinhas de artesanato, reggaes, sambas, maracatus e afoxés. Também há ambientes mais intimistas, como casas de festas, bares e restaurantes culturais - com noites literárias, excelente gastronomia, música ao vivo etc. Circulam no meio crianças, jovens e adultos dos mais variados estilos. Também há outras localidades, à beira-mar, onde a noite é frequentada por diversas pessoas.
Também são símbolos culturais da cidade a comida típica tapioca e o farol de Olinda.






























Recife

O município do Recife tem sua origem intimamente ligada à de Olinda. No foral (carta de direitos feudais) de Olinda, concedido por Duarte Coelho em 1537, há uma referência a "Arrecife dos navios", um lugarejo habitado por mareantes e pescadores. O Recife permaneceu português até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa entre 1630 e 1654.

Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização elevada, que facilitava a defesa. Ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI o "povo dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster que, com três navios, derrotou a pequena guarnição responsável pela defesa do porto. Entre os anos de 1620 e 1626 o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia em 1624.




No Recife holandês, foi iniciada a construção de Mauritsstad (Cidade Maurícia, ou Mauriceia). O Recife foi a capital do Brasil holandês, tendo sido governada de 1637 a 1644 pelo conde (a serviço da Companhia das Índias Ocidentais - West Indische Compagnie) Maurício de Nassau. O império holandês nas Américas era composto na época por uma cadeia de fortalezas que iam do Ceará à embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas. Os holandeses também possuíam uma série de feitorias na Guiné e Angola, situadas no outro lado do Atlântico, o que lhes dava controle sobre o açúcar e o tráfico negreiro, administradas pela Companhia das Índias Ocidentais.


O conde desembarcou na Nieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto começa a construção de Mauritsstad, que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, e do prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo.
Maurício de Nassau realizou uma política de tolerância religiosa frente aos católicos e calvinistas. Além disso, permitiu a migração de judeus ao Recife e a criação de uma sinagoga, a Kahal Zur Israel, inaugurada em 1642 e considerada o primeiro templo judaico das Américas do Sul e do Norte.


Nassau era também um entusiasta da ciência e das belas artes. Ao embarcar para o Brasil, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores para retratar e estudar a novo continente. Entre estes destacam-se os pintores Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram as paisagens e os exóticos habitantes locais, o médico Willem Piso e o naturalista alemão Georg Marggraf, que estudaram a fauna e a flora, a farmacopeia local e as doenças tropicais.
Nassau retornou à Holanda em 1644, demitido devido a desentendimentos com as autoridades da Companhia, que não se contentaram com o nível de lucros das possessões brasileiras. Os novos governantes holandeses entraram em conflito com a população, desencadeando a partir de 1643 uma insurreição - a chamada Insurreição Pernambucana - que terminaria com a expulsão definitiva dos holandeses em 1654. A economia açucareira local passou a enfrentar a competição das Antilhas Holandesas, para onde os holandeses levaram a tecnologia da produção de açúcar.
Guerra dos Mascates
Após a invasão holandesa, muitos comerciantes vindos de Portugal - chamados pejorativamente de "mascates" - estabelecem-se no Recife, trazendo prosperidade à vila. O desenvolvimento do Recife foi visto com desconfiança pelos olindenses, em grande parte formada por senhores de engenho em dificuldades econômicas. O conflito de interesses políticos e econômicos entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses deu origem à Guerra dos Mascates (1710-1711), durante a qual o Recife foi palco de combates e cercos.
Porém, essa revolta não prejudicou o crescimento do povoado do Recife, sendo elevado à categoria de vila e concelho, com o nome de Santo Antônio das Cacimbas do Recife do Porto, em 19 de novembro 1709. Em 1711 moravam cerca de 16 mil pessoas na vila, e em 1745 a população ascendia a 25 mil. Apesar da queda nos preços do açúcar, construíram-se magníficos conventos e igrejas no município, com destaque para o Convento de Santo Antônio (construído majoritariamente no século XVIII), a Capela Dourada (terminada em 1724) e a Igreja de São Pedro dos Clérigos (começada em 1725).
A Guerra dos Mascates é considerada como um movimento nativista, precursor da Independência do Brasil, pela historiografia em História do Brasil.


O início do século XIX no Recife foi marcado por revoltas inspiradas no ideário liberal vindo da Europa: comerciantes, aristocratas e padres, para exigir mais autonomia para a colônia. Entretanto, a classe dominante evitava questões como o fim da escravatura e dispensava a participação popular, temendo revolução.
Nesse mesmo século, ocorreram as revoluções mais conhecidas da História do Recife. A Revolução de 1817, a Confederação do Equador, de 1824, e a Revolução Praieira, de 1848.
No início do século XX, iniciou-se um período de agitação cutural e a Belle Époque mostrou a busca de novas linguagens para traduzir as velozes mudanças trazidas pelas novas técnicas. Os recifenses tinham até os meados do século uma forte influência cultural francesa..[38]Nos anos 1910,o Recife pretendia se tornar uma cidade moderna,tal como Paris,através da reforma do porto e construção de largas avenidas,sem preocupação com a preservação dos edifícios históricos. Como em todo o Brasil, o modernismo não afetou as graves diferenças sociais. Em 1934, Pernambuco assume posição inovadora ao contratar Burle Marx e o arquiteto Luiz Nunes. O bairro de Recife tornou-se um local onde a elite recifense possuía casas de veraneio já no início do século.
Na década de 1950 ganhou o Recife o contorno urbano atual, com o crescimento populacional ocasionado pela migração de pessoas do interior do Estado e a extinção dos mocambos, obrigando a população pobre a viver nos morros. A cidade já buscava mostrar uma perspectiva positiva de si,escondendo as mazelas sociais.
Em 1966, houve um atentado terrorista cujo alvo era o então presidente da República, Arthur da Costa e Silva, enquanto desembarcava no Aeroporto do Guararapes. Houveram mortos e feridos, mas o presidente saiu ileso.



Geografia do Recife


A cidade do Recife está situada sobre uma planície aluvional (fluviomarinha), constituída por ilhas, penínsulas, alagados e manguezais envolvidos por 5 rios: Beberibe, Capibaribe, Tejipió e braços do Jaboatão e do Pirapama, conferindo-lhe características peculiares. Essa planície é circundada por colinas em arco que se estendem do norte ao sul, de Olinda até Prazeres(Jaboatão).



Clima

O Recife tem um clima tropical, com alta umidade relativa do ar. Apresenta temperaturas equilibradas ao longo do ano devido à proximidade com o mar. Janeiro possui as temperaturas mais altas, sendo a máxima de 30°C e a mínima de 22°C, com muito sol. Julho possui as temperaturas mais baixas, sendo a máxima de 27°C e a mínima de 17°C recebendo muita precipitação. A temperatura média anual é de 25,2°C. Oficialmente a menor temperatura registrada na cidade foi de 17,1°C em agosto de 1954 e, a maior foi de 35,2°C em fevereiro de 1988. Embora haja registros não-oficiais de que já se tenha feito 16°C nos bairros altos da Zona Norte, como no bairro do Brejo da Guabiraba, e de que já se tenha feito 36°C em bairros mais baixos. Recife é a terceira capital mais chuvosa do Brasil, atrás apenas de Belém, capital do Pará, e Macapá, capital do Amapá. É também a cidade mais chuvosa do Nordeste.



Vegetação



O Recife possui algumas áreas de Mata Atlântica no seu território entre elas,está:



* O Parque Dois Irmãos:O maior parque do município.Como um parque, Dois Irmãos oferece uma variedade de diversões e lazer para adultos e crianças incentivando o interesse em conservação do ambiente. Um exemplo são desenhos de um elefante, um camelo, um hipopótamo, uma capivara e um macaco, para que as pessoas possam comparar sua altura com a de um desses animais. No fim do parque, entre o fim do zoológico e o começo da reserva ambiental, há um parque para crianças que recria o cenário de uma pequena vila.De seus 384,42 hectares, o Parque Dois Irmãos apresenta 350,10 hectares de reserva ambiental. O parque e a reserva são separados por arames, e os animais mantidos na reserva não podem ser mantidos em cativeiro pelo zoológico. De terça a sexta, a partir das 5:30h da manhã, os guias do parque oferecem trilhas ambientais pela mata atlântica, abertas ao público.



Hidrografia

O Recife é conhecido como "Veneza Brasileira" graças à semelhança fluvial com a cidade europeia de Veneza. Cercado por rios e cortado por pontes, é cheio de ilhas e mangues. Ali acontece o encontro dos rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico. O município conta com dezenas de pontes, entre elas a mais antiga do Brasil, a ponte Maurício de Nassau.



Demografia


Segundo dados do Censo Brasileiro de 2010 do IBGE, o Recife possui 1.537.704 habitantes em uma área de 217,494 km², o que resulta em uma densidade demográfica de 7.180,23 hab./km². Em 2008, registrou-se um PIB nominal de R$ 22,5 bilhões, obtendo o segundo PIB per capita mais elevado entre as capitais do Nordeste, de R$ 14.485,67.



Bairros mais populosos: Boa Viagem, Casa Amarela, Várzea


Composição etária da população (2000):
0 a 14 anos: 26,16%
15 a 64 anos: 67,33%
64 anos e mais: 6,51%



Religião

De acordo com os dados do Novo Mapa das Religiões, feito pela Fundação Getúlio Vargas com dados de 2009 da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), do IBGE, 53,07% da população do Recife se identifica como católica, 10,36% evangélicos pentecostais, 12,05% outras evangélicas, sem religião (podendo ser ateus, agnósticos, deístas) 13,39%, espíritas 3,60%,afro-brasileira 0,36%, orientais ou asiáticas (como o budismo e o hinduísmo) 0,04%, outras 6,63%.




Evangélicos

A maior minoria religiosa do Recife é evangélica; estes são, em sua maioria, pentecostais, que por seguinte, são em sua maioria da Assembleia de Deus, denominação protestante com maior quantidade de fiéis de templos no Estado, atendendo principalmente à baixa renda.Outras denominações pentecostais presentes são:Igreja Universal do Reino de Deus,Igreja Mundial do Poder de Deus,Igreja Internacional da Graça de Deus,Igreja do Evangelho Quadrangular,Igreja Episcopal Carismática e Vitória em Cristo.

Entre as denominações evangélicas tradicionais, a Igreja Batista é a mais presente, cuja Igreja Batista da Capunga possui destaque entre as igrejas protestantes da cidade.Outras igrejas protestantes do Recife são as igrejas Presbiteriana,Luterana,Anglicana,Metodista e Congregacional.



Outras Religiões

Entre os cristãos não-católicos e não protestantes,destacam-se os espíritas e os Santos dos Últimos Dias, mais conhecidos como mórmons.Também existem as Testemunhas de Jeová e a Igreja Adventista do Sétimo Dia. O templo afro-brasileiro mais conhecido é o Terreiro do Pai Adão, no bairro de Água Fria. Os judeus também estão presentes em menor quantidade. Algumas das personalidades judias que moraram no recife foram a escritora Clarice Lispector,o filósofo Luiz Felipe Pondé,o engenheiro Mário Schenberg,o paisagista Roberto Burle Marx,entre outros. Os budistas,hinduístas e muçulmanos não possuem revelância na população local,embora alguns de seus adeptos possuam destaque na sociedade recifense.



Gastronomia
O Recife é considerado o terceiro maior polo gastronômico do Brasil segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Rua da Hora, no Bairro do Espinheiro, vem se tornando um reduto dessa fase da culinária recifense.




Na cozinha pernambucana, existem elementos herdados dos povos africanos, indígenas e europeus. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região.
Existem vários pratos e petiscos típicos e muito apreciados em Pernambuco, como o caldinho de peixe ou camarão, o caranguejo (inteiro), o casquinho de caranguejo, sururu, arrumadinho, escondidinho, carne de sol, charque à brejeira, cozido, peixada pernambucana, caldeirada, bredo de coco, feijão de coco, quibebe, pirão de ovos, bolo pé-de-moleque, bolo de macaxeira, bolo-de-rolo e sarapatel.



















Celebridades Recifenses











Pontos Turísticos
O Recife é um município multicultural, com músicas e danças de origem africana, indígena e brasileira em seu carnaval. O bairro do Recife é o principal conjunto arquitetônico e cultural do município, abrigando galerias, museus e outros espaços culturais. Outros bairros e áreas de interesse são Poço da Panela, Derby, Ponte d'Uchoa, Casa Forte, Santo Antônio, dentre outros.

A cidade abriga a maior agremiação carnavalesca do mundo - o Galo da Madrugada, no qual se estima que participem dois milhões de pessoas (mais que a população do município) vindas de todo o Brasil.
Num passeio de barco é possível conhecer o Parque das Esculturas de Francisco Brennand. Existe, também, o museu do Instituto Ricardo Brennand.
O litoral do município é completamente urbanizado, com as praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa.
Recife tem o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que tem consulado dos Estados Unidos.








O blog “ Expandindo Novos Horizontes” parabeniza as cidades irmãs Recife e Olinda.

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